O grande mestre Luíz Gonzaga nos apresentou o baião... a simplicidade poética é uma pétala à parte na poesia maravilhosa florescência nordestina.
Desde pequeno via meu pai chorar por muitos motivos... sangue italiano é diretamente ligado ao canal lacrimal.
Uma das pouquíssimas músicas que conseguia ligar este canal como uma cachoeira era a Súplica Cearense. Um grande e forte exemplo da magistralidade deste cantor absolutamente singelo que ensinou o Brasil a amar a pureza.
Súplica Cearense Luíz Gonzaga Composição: Gordurinha e Nelinho
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado Que de joelhos rezou um bocado Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou E só por isso o sol arretirou Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho Pedir pra chover, mas chover de mansinho Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe, Eu acho que a culpa foi Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água E ter-lhe pedido cheinho de mágoa Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno Desculpe eu pedir para acabar com o inferno Que sempre queimou o meu Ceará
Eu acho que chorar, neste casos de poesia pura é realmente natural, será que não?
quinta-feira, 16 de abril de 2009
Simplicidade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário